Influências espirituais negativas

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Quando se fala de influências espirituais negativas, obsessões,  ou “encostos”, queremo-nos referir a qualquer influência indesejada, desagradável, que num grau menor ou maior, altera ou suprime a manifestação normal da personalidade do sujeito e que não é controlável pelos meios que nós consideramos “normais”.

Nalguns casos, a vítima sofre, mas não sabe explicar de onde vem o seu sofrimento. Pode ser levado a ter comportamentos estranhos sem razão aparente e não será capaz de explicar por que os faz.

Noutros casos, a vítima apresenta sensações físicas desagradáveis, “frios” em certas zonas do corpo, arrotos frequentes, dores de cabeça, arrepios súbitos, audição de vozes, visões, entre outros. Estas sensações caracterizam-se pela sua transitoriedade, ou seja, aparecem e passado algum tempo desaparecem sem deixar rasto.

Em certas situações, estes fenómenos estão relacionados com o falecimento recente de uma pessoa próxima com a qual não está a ser possível “quebrar os laços” de forma natural.

 

O primeiro ponto que temos que considerar neste assunto é o grau de sofrimento que estas situações envolvem. Em casos extremos colocam em causa toda a qualidade de vida e podem, inclusive, conduzir a situações muito persistentes.

É por isso que, ao abordar este polémico e sensível tema, antes de mais, deverá existir uma atitude séria e honesta, capaz de observar e entender, para além do que é visível, para além de preconceitos, colocando de lado possíveis fantasias e preconceitos pseudocientíficos.

A forma como nós, humanos, vivemos a vida obriga-nos a prestar atenção a imensos pormenores materiais e superficiais com os quais nos acabamos por nos identificar e até distrair. Mas existe uma outra dimensão para além daquilo que é imediato e palpável, que ultrapassa o nosso quotidiano profissional, familiar e social. É uma dimensão mais profunda, é uma visão que vai às raízes da nossa existência, com a qual só nos preocupamos quando somos confrontados com  problemas para os quais não temos nenhuma solução nem explicação. 

Esta dimensão da vida, visita-nos inesperadamente sob as mais variadas formas e manifestações e nem sempre com o formato mais feliz. Desde doenças físicas a fenómenos psicológicos e espirituais, ainda existe muito para descobrir, entender e aclarar. A ciência ainda não tem explicações para tantas e tantas coisas!

Em casos extremos, assistimos a vidas que entram em autênticos rumos de decadência, pessoas que começam a ter comportamentos excessivos e estranhos. Quando é assim, temos que recorrer ao melhor que temos e sabemos, à nossa experiência, à nossa intuição, à ajuda dos nossos guias espirituais e à Força inextinguível da Vida.

Todos os textos de sabedoria milenar apontam casos de pessoas possuídas por forças e espíritos negativos. Na Bíblia, no seu antigo e novo testamentos, assim como em textos orientais, encontramos fartas descrições de fenómenos nesta área.

Compreender para agir

Independentemente destas considerações, e como acontece com qualquer sintoma físico ou psíquico, devem ser considerados eventuais problemas de saúde que devam ser  devidamente tratados.

É importante destacar que, uma pessoa com tendência para sofrer de sintomas associados à espiritualidade e fenómenos semelhantes, é uma pessoa extremamente sensível. Possui uma perceção alargada com a qual é capaz de captar pormenores energéticos que, provavelmente, escapam às outras pessoas. Esta perceção muito ativa, e consequente reatividade exacerbada, pode conduzir a um cansaço e desgaste que vai agravar fragilidades e abrir portas a influências espiritualmente negativas.

Diz-se, e com razão, que é melhor prevenir do que remediar. Nesse sentido, e para evitar entrar nestes ciclos viciosos, ficam alguns pontos para construir uma “personalidade espiritualmente mais forte” e, dessa maneira, criar uma defesa natural capaz de manter afastados eventuais influxos negativos:

A – Tenha atenção às influências negativas de outras pessoas

A forma como certas pessoas interagem connosco tem uma influência decisiva na nossa vida. A negatividade dessas pessoas pode fazer “desabar” todo o nosso campo energético. O problema é que essas pessoa podem nem ter consciência disso mas cabe-nos a nós fazer opções e cuidarmos o melhor possível da nossa vida. O tempo é um dos bens mais preciosos e é bom gastá-lo com as pessoas certas, aquelas que o respeitam e que o valorizam, a si e à própria vida.

B – Não tenha medo de enfrentar os problemas

Por vezes os “filmes” e fantasias que criamos sobre certos problemas antecipados são muito mais aterradores do que a própria realidade. E é curioso, ao longo do tempo, a persistência e intensidade que essas marcas emocionais deixam, às vezes ao nível inconsciente, mesmo quando a realidade já foi há muito ultrapassada. É por isso que não devemos permitir que “os filmes negativos” se arrastem nos nossos receios e pensamentos. Conselho: Trate logo de enfrentar a realidade de uma vez por todas. A realidade não é assim tão má e, afinal, você é muito mais forte do que imaginava.

C – Seja honesto

Para termos uma personalidade forte, capaz de fazer frente a eventuais obsessões e pressões, quer vindas do interior, quer do exterior, é bom cultivarmos uma atitude íntegra, aceitando a pessoa que somos, reconhecendo os pontos fortes que temos, aceitando as mudanças que entendemos que deveremos fazer. Ser honesto é aceitar as limitações, mas reconhecendo que, apesar disso, temos metas e objetivos. Saber onde estamos, para onde queremos ir e a maneira como lá havemos de chegar.

D – Viver no presente

Hoje é o dia que temos garantido. Os planos ou os receios do futuro não nos devem impedir de viver plenamente o dia de hoje, de sentir os cheiros, os sabores e as cores da vida, de sentir o calor e o carinho daqueles que temos ao nosso lado. As sombras do passado, os repetidos balanços sobre os erros que cometemos ou as decisões que deveríamos ter tomado, não nos podem impedir nem bloquear os passos que agora queremos dar.

Estas são algumas grandes linhas de vida para uma existência liberta, no entanto, quando o nível de obsessão atingiu um patamar complexo, é útil recorrer à ajuda de um terapeuta qualificado que ajude a compreender o que se está a passar e aconselhe sobre o processo de lidar com esta situação. Acredite que muitas coisas podem ser feitas para restaurar o seu poder e a sua plenitude.

 

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